sábado, julho 22, 2006

Desculpa

É tudo o que posso dizer!
Não sei porque me comporto assim, mas sempre que penso na ideia de estares entre colegas, fico muito inseguro. Não por ti, mas por saber que há pessoas muito mais interessantes que eu e que facilmente poderão fazer-te esquecer-me.
Tambem sei que assim eu próprio te estou a obrigar a esquecer-me e quem sabe a procurares alternativas...
Quando falas que alguem te diverte e é muito simpático ou engraçado, fico feliz por teres momentos alegres, mas por outro lado tenho tanto medo que esse alguem passe a ter as tuas atenções exclusivas...
Ultimamente tens passado mais tempo fora e com companhia sem mim e eu começo a pensar que mais dia menos dia passo a ser dispensável e poderás perfeitamente passar sem mim e começares a olhar mais para outra pessoa.
Este último fim de semana foi o primeiro desde há muito tempo que fizemos alguma coisa só a dois e soube tão bem...
Ontem quando começàmos a falar no jantar do Nuno eu não queria que as coisas terminassem assim, só queria dizer-te que tenho receios e gostava de ter ouvido uma palavra de confiança e conforto. Mas não, tu não entendeste e pensaste que eu estava a dissuadir-te de ires ao jantar mas não tinha coragem de to pedir.
Não foi nada disso. Eu queria que tivesses ido, tu gostavas de ter ido e isso para mim é tudo. Quando dizes que és egoista porque sabes que eu não fico bem e vais na mesma, eu não penso assim. Tu tens direito ao teu grupo de amigos e a saires sem mim. Eu tenho que me sentir bem com isso e por mais que me custe eu fiz um esforço. Para que saibas, não tencionava dizer-te nada antes do jantar porque já desconfiava que se falássemos tu não irias.
Não temos conseguido falar sobre nenhum assunto que nos perturbe ultimamente sem discutirmos ou tomarmos atitudes precipitadas e isso está a levar-nos para onde estamos hoje.
O nosso maior factor de união era falaramos sempre sobre os nossos fantasmas e desde há um tempo que isso não acontece. E eu não sei porquê!
(acabaste de entrar no escritório e eu estupidamente deliguei o ecrã, acho que te magoei, mas quero que leias tudo no fim - desculpa!).
Somos compreensivos e temos sempre uma palavra sábia, reconfortante e amiga com os outros e entre nós os problemas têm sido tratados "à pedrada" ultimamente. PORQUÊ?
Gostava e precisava de ter uma conversa contigo que esclarecesse isto tudo e quebrasse esta barreira que estamos a construir entre nós.
Será que ainda vou a tempo?
Será que ainda queres falar comigo?
Será que me desculpas?
Ou será que eu já destrui o nosso casamento?
Será que já destrui a tua capacidade de me fazer entender as coisas?
Gostava de falar sobre o que vai na tua cabeça em relação aos nossos filhos que estão lá no céu, e aos que ainda hão-de vir (com a graça de Deus), sobre a nossa relação, o que te perturba e gostavas de alterar, sobre todos os prblemas que de uma maneira ou de outra nos têm feito diferentes com a vida e tambem connosco próprios.
Será que ainda estás disponível?
Espero que sim.
Mais uma vez, a milionésima: DESCULPA! Do fundo do meu coração que te AMA muito.