segunda-feira, março 27, 2006

Carta de uma mulher ao mundo

Vi no blog da SUMMER DREAM esta carta e achei que devia ser lida por tanta gente quanto possível por isso aqui fica:

"(Nome) sabe que a amas e queres que sejas feliz, e que gostavas que ela voltasse a ser a mesma de antes. Mas ultimamente ela parece ansiosa, deprimida e obcecada com a ideia de ter um bebé. Provavelmente é dificil para ti entender porque ficar grávida é tão importante e parece ocupar cada segundo da sua vida. (Nome) espera que depois de leres este folheto escrito por psicólogos com experiência no tema entendas melhor a dor que ela está a sentir. Este folheto também te dirá como podes ajudá-la.

Alguns efeitos da Infertilidade
Pode suprender-te que uma em cada 6 mulheres que querem ter um bébé, não podem conceber. Há muitas razões possíveis: o bloqueio das trompas de Falopio, o mau funcionamento ovárico, desiquilibrios hormonais, exposição a substâncias tóxicas, uma baixa quantidade de espermatozóides do marido, entre outras. E ainda quando uma mulher chega aos 35 anos de idade, fica mais difícil engravidar, principalmente porque muitos dos óvulos que expulsa são de baixa qualidade. Todas estas barreiras para engravidar são físicas ou fisiológicas, não psicológicas. As trompas não se bloqueiam porque a mulher está "se esforçando muito" para ficar grávida. Os anticorpos que matam o esperma não desaparecem se a mulher simplesmente relaxar. E um homem não pode fazer com que o seu esperma se mova mais rapidamente se tiver uma atitude mais optimista.

Sobre os conselhos bem intencionados
Quando alguém que gostamos tem um problema, é natural tentarmos ajudar. Se não houver nada especifico que possamos fazer, tentamos dar um conselho. Muitas vezes utilizamos as nossas experiências pessoais ou casos que envolvam outras pessoas que conhecemos. Recordas uma amiga que tinha problemas para ficar grávida até que ela e o seu marido foram de férias a uma ilha tropical e ela finalmente ficou grávida. Por isso te ocorre sugerir que (Nome) e o seu marido também tirem umas férias dessas....(Nome) aprecia o teu conselho, mas ela não pode aproveitar essa sugestão devido à natureza física do seu problema. Não só isso, como essa ideia a molesta muito. Provavelmente as pessoas a invadem com sugestões destas a todo o momento. Imagina o frustrante que deve ser para ela ouvir falar de outros casais que "magicamente" conceberam durante umas férias, simplesmente fazendo amor. Para (Nome) que está num tratamento de infertilidade, fazer amor e conceber um filho não se relacionam muito. Não podes imaginar o tão duro que é estar tentando ter o seu bebé e tão desanimada que se sente cada mês quando se dá conta que falhou outra vez. O teu conselho bem intencionado é um esforço para transformar um problema extremamente complicado num problema demasiadamente simplificado. Ao simplificar o seu problema de esta maneira, diminuis a validez das suas emoções, fazendo-a sentir pouco valorizada psicologicamente. Naturalmente ela se sentirá enfadada e aborrecida contigo nestas circunstancias. A verdade é que não há nada de concreto que possas fazer para ajudá-la. A melhor ajuda que podes dar é a tua compreensão e apoio. É mais fácil apoiá-la se apreciares o quanto é devastadora a incapacidade de ter um bebé.

Por que não ter um bébe pode ser tão devastador?
As mulheres são criadas com a expectativa de terem um bebé um dia. Sempre pensaram ser mães desde que brincam com as bonecas. Quando (Nome) pensa que ela não pode ter um bebé, sente-se como "mulher defeituosa".Não ter um bebé pode ser um factor de vida ou de morte. Na Bíblia, Raquel era estéril. Ela disse a Jacob "dai-me filhos ou morrerei...."(Génesis 30). Fazendo um comentário sobre isto, alguns sábios disseram "alguém que não tem filhos é considerado morto". Tão poderosos são os sentimentos relacionados com a infertilidade, que a pessoa pode se sentir morte, ou mesmo querer morrer. Por agora (Nome) nem sequer está segura que terá um bebé.

O que oferece a medicina moderna?
Na década passada a medicina reprodutiva fez grandes avanços. O uso de drogas como o Pregonal pode aumentar o número e tamanho dos óvulosque a mulher produz, aumentando as suas oportunidades defertilização. Na técnica de fertilização in vitro (FIV) extrai-se os óvulos da mulher e junta-se com o esperma do homem num "tubo de ensaio" e realiza-se a fertilização no laboratório. O embrião é colocado depois no útero da mulher. Também existem outras técnicas de reprodução. Apesar das esperanças que estas técnicas oferecem são um "osso difícil de roer". Alguns procedimentos de alta tecnologia se oferecem só em alguns lugares, o que pode obrigar a (Nome) a viajar grandes distâncias. Quando o tratamento está disponível localmente, a paciente deve suportar as visitas correntes ao médico, aplicar injecções diariamente, compatibilízar o trabalho e a vida social com esses procedimentos e dispor de consideráveis somas de dinheiro. Tudo isto é acompanhado por uma série de exames que podem ser embaraçosos e dolorosos..A infertilidade é uma condição médica muito pessoal, que (Nome) não pode compartilhar com o seu patrão. Por isso tem de inventar desculpas cada vez que o seu tratamento coincide com o seu trabalho. Depois de cada esforço médico para ficar grávida, (Nome) deve aguentar a espera que é salpicada com ondas de optimismo e pessimismo. É uma montanha russa emocional. Não sabe se os seus peitos inchados são um sinal de gravidez ou um efeito secundário das drogas de infertilidade. Se vê uma mancha de sangue na sua roupa interior, não sabe se é o embrião a implantar-se ou se é o período que está a começar. Se não fica grávida depois de um procedimento invitro, pode sentir como se o seu bebé tivesse morrido. Ela tenta viver com este tumulto emocional, se a convidam para uma festa de boas vindas ao bebé de uma amiga ou um baptizado, se sabe que uma amiga ou colega está grávida, ou um dia lê uma história de um recém nascido abandonado, podes imaginar a sua angustia e a sua raiva com as injustiças da vida? Dado que a infertilidade penetra em quase todas as facetas da sua vida, como pode surprender-te que ela esteja obcecada em chegar à sua meta?????? Cada mês, (Nome) se pergunta se este mês será finalmente o seu mês. Ese não é, se pergunta se tem energia para tentar de novo. Poderá custear outro procedimento médico? Quanto tempo mais continuará o seu marido a apoiá-la? Será obrigada a abandonar o seu sonho? Por tudo isto quando falares com (Nome) tenta sentir empatia com as cargas que tem na sua mente e no seu coração. Ela sabe que te preocupas com ela, e pode necessitar falar contigo sobre o que está vivendo. Mas ela sabe que não há nada que possas fazer ou dizer para ajudá-la a engravidar. Ela teme que lhe faças uma sugestão que lhe cause ainda mais desespero.

Que podes fazer por (nome)?
Podes dar-lhe apoio e não criticares nenhum dos passos que ela está a tomar para proteger-se de um trauma emocional. Podes dizer-lhe algo como:"preocupo-me contigo. Depois de ler este folheto, tenho uma ideia do duro que isto deve ser para ti. Desejava poder ajudar-te. Estou aqui para te ouvir e chorar contigo, se sentires vontade de chorar. Estou aqui para animar-te quando te sentires sem esperança. Podes falar comigo. Preocupo-me contigo". O mais importante que deves recordar é que (Nome) está perturbada e muito angustiada. Escuta-a, mas não a julgues. Não tornes pequenos os seus sentimentos. Não tentes querer fazer ver que tudo está bem. Não lhe vendas fatalismo com declarações como "o que tiver que ser será". Se esse fosse o seu caso, qual seria o objectivo de usar a tecnologia médica para conseguir algo que a natureza não pode?A tua vontade em escutá-la pode ser uma grande ajuda. As mulheres inferteis sentem-se à parte das outras pessoas. A tua habilidade de ouvi-la e apoiá-la ajuda-a a manejar toda a tensão que está a experimentar. A sua infertilidade é uma das situações mais dificeis que ela terá de enfrentar.

Exemplos se situações problemáticas
Assim como um quarto desarrumado pode ser um lugar cheio de obstáculos no caminho de uma pessoa cega, a vida quotidiana pode estar cheia de dificuldades para uma mulher infértil, dificuldades essas que não existem para as mulheres com filhos. Vai a casa de uma cunhada para uma reunião familiar. A sua prima está a dar de mamar ao seu bebé. Os homens estão a ver um jogo de futebol que passa na tv, as mulheres falam sobre os filhos. A (Nome) sente-se distanciada e excluída. O dia de Natal e Passagem de ano são exemplos das muitas festas que são particularmente difíceis para ela. Nestas festas ela recorda o que pensou o ano passado: que no próximo ano, ela teria o seu filho ou filha para mostrar à sua família. Cada festa representa uma complicação para a mulher que não pode ser mãe. No dia se São Valentim ela recorda o seu romance, amor, casamento e a família que ela sonhou formar. O dia da mãe do dia e do pai? São dificuldades óbvias. Actividades mundanas como caminhar na rua ou ir às compras a um centro comercial estão cheias de ratoeiras para estas mulheres. Verás que outras mulheres a empurrar os carrinhos dos seus bebés a afectam. Quando (Nome) vê televisão é bombardeada por comerciais de artigos de bebé. Numa festa alguém lhe pergunta há quanto tempo é casada e se tem filhos. Sente vontade de sair a correr, mas não pode. Se ela falar sobre a sua infertilidade é provável que oiça um conselho bem intencionado, do tipo que ela menos necessita. "Relaxa-te, não te preocupes, quando menos esperares...", ou "tens sorte. Eu estou farta dos meus filhos, gostaria de ter a tua liberdade". Estes são o tipo de comentários que fazem com que ela tenha vontade de esconder-se debaixo da mesa. Refugiar-se no trabalho e na carreira profissional nem sempre é possível. Ver cada mês que o seu sonho não se cumpre, pode dificultar ter energia para avançar na sua carreira. Ao seu redor as colegas de trabalho vão ficando grávidas.

Resumindo
Porque não pode ter filhos, a vida é sumariamente stressante para (Nome). Está a fazer o melhor que pode para sobreviver a esta situação. Por favor entende. Às vezes ela está deprimida, outras está ansiosa. Algumas vezes estará fisica e emocionalmente exausta. Ela não vai ser a mesma de antes. Quem sabe não vai querer fazer muitas das coisas que antes fazia. Não tem alguma ideia de quando, e se, o seu problema será resolvido. Quem sabe se algum dia ela terá êxito, ou se renderá e opte pela adopção, ou assuma uma vida sem filhos. Na actualidade ela não sabe o que se vai passar. Tem que ir levando as coisas dia a dia. Não sabe porque tem de passar por isto tudo. A única coisa que sabe é que tem de viver com uma angústia horrível todos os dias. Por favor olha por ela, ela necessita e deseja isso."
E depois deste fim de semana, ainda mais lógica tem ter colocado esta carta. Já que decidimos sair de casa para recarregar energias e ainda foi pior! Que comentários tão desagradáveis!!
O que vale é que o grande dia está já ai a chegar.
O nosso encontro!!!!!!!!
Beijoquinhas fofas

sexta-feira, março 24, 2006

* *



Os dias vão passando e eu não tenho vontade de fazer nada!!!!

Vejo televisão, computador, televisão e computador......

Este fim de semana vou até LB visitar a falmega da parte do maridão e ver se distraio um bocadito... porque assim não há condições.

Há tanta coisa para dizer mas não consigo, as palavras não saem.

Há dias em que acordo ás 5 h e só consigo voltar a dormir 7h 30 e hoje foi um destes dias. Voltas e mais voltas e nada. Dormir era mentira!!

Beijoquinhas fofas

domingo, março 19, 2006

Querido papá

Querido papá sei que não nos ouviste sorrir, chorar, nem brincar. Estivemos muito pequeninos dentro da barriguinha da mamã mas tivemos que partir. Sentimos a tua mão na barriguinha da mamã, sabemos quanto nos amas e sempre amarás. Nós os três amamos-te muito.

Hoje é o teu dia!!! Parabéns PAPÁ!

quinta-feira, março 16, 2006

As coisas vão melhores.

A nossa mimi vai melhorando todos os dias.
Quanto à nossa moral, tambem se vai recompondo. Tivemos uma excelente notícia de que em Coimbra as listas de espera não são tão longas, e para mais o primo da mimi é médico e conhece o Director da Unidade de FIV nos HUC-Coimbra. Ele já nos deu o contacto dele e já marcámos uma consulta para o dia 10 de Abril... Tanto tempo!
Como as férias da Páscoa estão à porta, provavelmente a mimi terá que regressar uns dias antes ao trabalho (ela é professora, para quem ainda não sabia) para participar nas reuniões de notas do 2º período... Esperemos que não seja necessário, voltar ao activo para passar 3 ou 4 dias sentada numa cadeira dura e desconfortável não será nada fácil.
Cá por casa, o drama continua. Agora foi o computador que apanhou um curto-circuito de uma extensão estragada e deu o berro - Mais despesas. Daí a nossa ausência até hoje (estávamos mortinhos de saudades de todas vocês).
Amanhã a mimi já vos vai visitar a todas e saber novidades vossas. Esperamos que esteja tudo bem convosco.
Beijoquinhas fofas.

sexta-feira, março 10, 2006

8 Anos



Hoje fazemos 8 anos que nos conhecemos. Recebi um arranjo lindo mas a ocasião merecia outra Felicidade que infelizmente não conseguimos ter.

O tempo passa e começa a ser mais dolorosa a perda. Associado a tudo isto a perda de uma irmã fisicamente agrava mais o meu estado psicológico. Como é que é possível eu não reconhecer uma irmã? A sua indiferença mata-me por dentro. As saudades do meu sobrinho (o meu grande amor) são imensas, queria tanto abraça-lo agora mas não dá. Tanta maldade!

Pergunto-me porquê? Porque é que tudo tem que ser assim? O que fizemos para merecermos tudo isto?

quinta-feira, março 09, 2006

Mais um dia


Como a onda cá de casa não é a melhor decidiram-nos oferecer um espanta espíritos. Dizem que nos vai ajudar. Vamos ver!

O Maridão já foi trabalhar mas, com bastante dificuldade.
Eu, cá vou passando o tempo a dormir ou a ver televisão.
Que bom!!!!! O meu amor está a acabar de chegar a casa, vou já a correr para os seus braços. Adeus..... Beijoquinhas fofas

quarta-feira, março 08, 2006

E cá estou eu de novo

De fugida para não me apanharem aqui, passei para vos deixar os meus sinceros agradecimentos por tudo.
Hoje mais um dia para esquecer. Agora tenho o maridão doente! Acabamos de chegar das urgências (ninguém me conseguiu convencer a ficar em casa) e não é que ele de manhã vomitou, corpo quebradiço e diarreia. O pior confirmou-se uma virose - receando o meu estado perguntou ao médico se haveria problema para mim ao qual ele respondeu que existem casos de familias inteiras afectadas. Mais uma preocupação!
Logo que possa irei ler todos os vossos comentarios e saber das vossas novidades esperando serem das melhores. Adoro-vos muito.
Beijoquinhas fofas

terça-feira, março 07, 2006

A mimi regressou a casa!

Agora tudo irá melhorar...

segunda-feira, março 06, 2006

Estamos tristes e confusos...

sábado, março 04, 2006

A saudade aperta.

Hoje vi a mimi muito bem fisicamente. Quando cheguei ao hospital, já tinha tomado banho sozinha e já anda direita e bastante rápido. É claro que está bastante abalada e chorou algumas vezes com algumas visitas, o que é absolutamente normal e compreensivel. Está muito impaciente, quer vir para casa, diz que já não faz nada no hospital e que se sente bem... Não sei o que fazer a esta miúda, só que compreendo-a muito bem, a saudade aperta; a falta dela cá em casa está-se a tornar impossível de suportar; a minha vinda do hospital cada vez é mais difícil... Ontem consegui pela primeira vez dormir na nossa cama (até agora dormia no sofá da sala, não consigo estar na cama sem ela!) e isso fez-me sentir ainda mais a sua falta - o cheiro dela nos lençois, a falta do seu calor... QUE SAUDADES. Isto nunca mais acaba. Quero a mimi cá em casa para a estragar com mimos.
Ela hoje viu a reportagem da SIC, eu não consegui, e ficou mais receosa, disse-me ao telefone que depois falamos sobre isso juntos. Eu quero acreditar, até prova em contrário, que vai ser fácil e quero que ela tambem acredite. Vamos ver o dia de amanhã.
Beijoquinhas fofas.
P.S. - Mais uma vez mil obrigados pelas vossas doces palavras. São insubstituíveis.

sexta-feira, março 03, 2006

Casei com uma Guerreira!

Tenho o previlégio de ter casado com uma grande mulher. Cheguei há pouco do hospital e a mimi está aparentemente muito melhor do que poderiamos imaginar.
Sei que o pior está para vir, mas gostava que vissem a força desta mulher! Já anda e tenta fazer tudo sozinha, tem uma palavra de conforto para as visitas mais em baixo, brinca com as enfermeiras, mete-se com as auxiliares... por dentro estará ferida e profundamente triste, mas já quer mostrar a garra que me fez apaixonar tão loucamente.
Sou, sem dúvida, um homem previligiado por poder partilhar a vida com uma pessoa tão bonita e corajosa e acima de tudo mereçer a sua confiança nos momentos mais fracos em que precisa de força e animo.
A mimi está desmoralizada, abatida mas não vencida! Sei que irá, com a ajuda de todos nós (vocês incluidas), ultrapassar tudo isto e dentro em breve este será mais um episódio, triste mas passado, da nossa linda história de amor que um dia terá o seu mais belo episódio.
A mimi merece ter a alegria de sentir uma vida ser gerada dentro dela. Por isso, já começei a pesquisa sobre a Fertilização In Vitro. Já contactei a Maternidade Alfredo da Costa, mas hoje não consegui grandes progressos.
Amigas, em nome dos dois, peço-vos que nos façam chegar toda a informação que disponham a este respeito, será muito importante para a recuperação da mimi estabelecer uma nova etapa e um novo propósito de vida.
Obrigado e desculpem o tão longo desabafo, mas como vocês e ela própria dizem isto funciona como uma excelente terapia.
Beijoquinhas fofas.

quinta-feira, março 02, 2006

Terminou...

A mimi entrou para o bloco operatório às 16h30, para uma hora depois a médica me dizer que tudo tinha corrido bem mas que tinha removido a trompa esquerda pois já tinha rebentado, tal como em Setembro.
Às 17h45 lá me deixaram finalmente vê-la, por instantes, ainda no recobro, acabada de acordar da anestesia. Estava cheia de dores e completamente desmoralizada. Estive no hospital enquanto me deixaram, na esperança de poder voltar a vê-la e acompanhá-la ao quarto, mas às 20h veio uma enfermeira dizer-me que ela não subiria antes do final do horário das visitas e só me deixou voltar a entrar por 5 minutos para nos despedirmos.
Muito obrigado pelas vossas palavras, são muito importantes nesta fase tão dificil.
Beijoquinhas fofas.

As trevas voltaram a assombrar a nossa vida.

É com muita tristeza que vos venho aqui dizer que ontem às 18h a mimi deu entrada no Hospital com outra suspeita de gravidez ectópica... O inferno recomeçou.
A vossa querida amiga, o meu GRANDE AMOR, ficou em observação para evitar o pior como da 1ª vez. Ainda só não têm a certeza se é ou não necessário operar, podendo tudo resolver-se sozinho, agora já é certo que o nosso sonho ficou mais uma vez adiado. Na Eco viram um saquinho na trompa esquerda, junto ao ovário e já havia algum sangue no fundo de saco uterino.
Daqui para a frente, só através de inseminação artificial conseguiremos atingir o nosso tão adorado sonho.
Só quero ter capacidade para lhe dar o apoio que ela precisa para seguir em frente e não desistir deste nosso objectivo, porque como calculam está destroçada. A nossa vida voltou a ficar envolta em dor. A minha querida mimi está de novo em grande sofrimento, físico e psicológico (não sei qual o mais grave) e eu nada posso fazer para o evitar. sinto-me impotente e incapaz de ajudar a mulher que amo, a razão do meu viver e isso faz de mim um inútil.
Amigas, sempre que possível virei aqui dar-vos notícias da mimi. Agora vou para o hospital para poder estar com ela assim que me deixarem.
Como ela diria, Beijoquinhas fofas.